Ainda sobre a apresentação de Teresa Lago na IATUL

By | 31 de Maio de 2006

Começou por relembrar a meme que lhe tinha ficado do tempo de estudante: a biblioteca como “Um santuário…um local de trabalho onde todas as respostas a todas as perguntas pareciam estar ao alcance da mão. Era alias impossível fazer investigação fora da biblioteca. Era também a era do micrifilem, não a era do digital.”

“Nesta nova ordem electrónica, estão as bibliotecas ultrapassadas (para os astrofísicos pelo menos)?”

Longe disso, diz a conferencista! Apenas têm um novo papel numa nova ordem ( “novum ordum gnosis”?) . Tal como muita outra coisa: afinal os astrofísicos também raramente vão aos observatórios… “mas precisamos deles como sempre precisámos. Agora, simplesmente, usamo-los remotamente. As bibliotecas são apenas lugares aonde não precisamos de ir fisicamente”.

Há afinal novas práticas de produção e publicação de novo conhecimento e resultados de investigação.

No ensino a diferença é ainda maior: o binómio: professor livro não é mais a configuração preferida de fonte de conhecimento.

O conhecimento precisa de estrutura para ser útil. A informação precisa de estrutura para ser conhecimento.

Os papeis do ensino e do professor: Amostragem (Sampling), Selecção (Selection), Apontar (Pointing), Guiar (Guiding)

As bibliotecas precisam de identificar novos papéis e novas funções nesta nova ordem: livros reais ( com textura e cheiro) – selecção de fontes de informação – bases e bancos de dados – livros virtuais e reais.

É uma função mais vasta – assistir: o que fazer – como aceder – familiaridade com múltiplosbancos de dados e seus conteúdos – serviços inter bibliotecas – etc., etc., etc…

Num mundo em que as fronteiras entre as ciências são cada vez mais esbatidas… que raio quer dizer “conhecimento inter disciplinar”? A ciência é um continuum.

OCLC: College Students’ Perceptions Report

By | 26 de Maio de 2006

A OCLC acaba de editar uma versão segmentada do seu relatório Perceptions of Libraries and Information Resources de Dezembro de 2005, analisando os dados de estudantes de ensino superior (em licenciatura e pós graduação (undergraduate or graduate) ) : College Students’ Perceptions: Libraries & Information Resources [OCLC – Membership Reports].

A quem anda no ensino superior (aluno ou biblitecário) seria interessante tentar aferir se os dados americanos (aliás há respondentes de Austrália, Canada, India, Singapura e Reino Unido para além dos Estado Unidos), batem certos com os portugueses.

Já agora: Há algum inquérito deste tipo recente (ou antigo) cá em Portugal?

IATUL: Herbert Van de Sompel (b)

By | 26 de Maio de 2006

Ora bem. Isto até tem a ver com DNA!

Hoje em dia uma obra intlectual científica é constituida por vários elementos digitais: um paper, um data set, um vídeo comstrando a execução da experiência, etc.

Cada um desses elementos é depositadas num repostório digital e o seu conjunto forma um documento digital.

Problema 1: o sistema de citação bibliográfica é altamente deficiente: por muito bem que siga qualquer norma bibliográfica ela vai ser sempre um inferno para ser traduzida automáticamwente num link para as obras citadas. À parte de purl‘s e doi‘s, um computador tem dificuldade não só em distinguir uma tese de uma monografia, quanto mais em criar um link para uma versão digital.

Problema 2: um documento é criado e várias cópias perfetas deixadas em vários repositórios. Daqui a 20 anos, tendo ca da repositório sido actualizado e reconstruído, serão essas 20 cópias ainda idênticas?

Problema 3: Fez-se hoje citação de uma dessas cópias; daqui a 20 anos ainda serão as 20 versões reflexos válidos do que foi citado hoje?

Protanto é necessário uma expansão dos protocolos que suportam o OAI para permitir “linhagem” ( palavra deliciosa ) e que cada documento seja identificado por: repositório de origem, id nesse repositório e data da versão usada. Esta informação deve ser incorporada por active clipboard em cada documento derivado (que o citem).

Seria possível, daqui a 20 anos, para um qualquer documento então produzido, traçar com segurança e aceder transparentemente a todos os documentos electrónicos que estão na base dele. Ou num documento já com 10 anos, aceder com autenticidade garantida a todos a cadeia de documentos (cadeia de valor científico) tanto para os citados, como para os derivados!

Isto atraiu já as atenções de vários gigantes da computação na medida em que o problema, da maneira como está a ser tratado pelos vários associados de vam Sompel, pode vir a tornarse numa solução abrangente para entre, outras coisas, versioning universal .

SP: Acho que se viu, no Porto, como nasce um protocolo.

IATUL: O lado social

By | 25 de Maio de 2006

Uma grande noite (veja-se a hora a que estou a colocar isto) na companhia de pessoas maravilhosas. Imagine-se que fiquei entre Odete Santos e Judith Peacock (tive mesmo de esclarecer os fine points de alguns doces mais específicos da doçaria portuguesa aos australianos).

A de 2007 vai ser num dos países nórdicos e a de 2008 na Nova Zelândia!

Fico ansiosamente à espera das fotografias.

IATUL: Organização!

By | 25 de Maio de 2006

A Drª Ana Azevedo que fique sabendo que a organização foi 5 estrelas e que toda a sua equipa é cinco estrelas. Um beijo muito especial à minha colega Teresa Sofia, sempre muito profissional… e um a braço ao Paulo Sousa (A “INFORMAÇÃO”), também sempre disponível para ajudar no que fõsse possível e preciso.

Não desprezando os outros, que à parte de alguma confusão na sinalética quando desistiram dos auditórios pequenos pelos grandes para as sessões paralelas, funcionou tudo às mil maravilhas. Eu apenas tinha tendência para recorrer às caras conhecidas…

IATUL: Herbert Van de Sompel

By | 25 de Maio de 2006

Estive à pouco a falar com ele e a reatar a memória dos jantares que tinhamos à muitos anos nos encontros anuais da SilverPlatter.

Perguntei se o titulo da apresentação: “The Brave New World of Scholarly Repositories” implicava alguma idéia nova… Disse que sim, ainda muito verde, mas nova.

O problema é que o protocolo openUrl é uma idéia nova dele. O OAI-PMH é outra idéia também razoavelmente bem amadurecida.

Vamos a ver. Eu cá por mim tenho o gravador a rodar e a máquina fotográfica a postos.