5 blogues não biblionómicos que leio frequentemente

By | 6 de Abril de 2007

Anda por aí uma meme a passear: “indique 5 blogues que lê que não tenham nada a ver com ciências da informação. Comente se quiser”

Aqui vão os meus:


David Weinberger, o meu ódio de estimação. Um pensador que se esconde atrás de um cartão de visita que diz apenas, “Harward Fellow”, e que faz com que ninguém o contradiga. Pois este senhor só depois de escrever milhares de palavras sobre o desperdício que as profissões de bibliotecário e arquivista foram nos últimos 4 mil anos é que descobriu Ranganathan e está a engolir tudo o que disse, mas amiude e às escondidas.

Murçon. Para quem é Português já sabe de quem estou a falar, para quem não é português aqui vai: Um dia este professor ia a entrar no anfiteatro que lhe estava destinado no horário do ISCBAS, e encontrou-o ocupado por uma alta individualidade científica e seus 8 doutorandos. “Vá para a sala tal e tal”, retorquiu-lhe a individualidade quando ele lhe pediu para vagar o anfiteatro. “Desculpe mas não posso, tenho aqui 300 alunos no corredor e este é o único anfiteatro com essa capacidade”.  A individualidade que tinha passado muitos anos fora de Portugal pergunta logo “300 alunos?! Mas que ensina você?”, ao que os alunos mais junto à porta, para aí umas 20 vozes (de entre as 300 que realmente lá estavam), respondem em coro: “SEXO!”. Falo é claro do inconfundível Júlio Machado Vaz.

Commedy Central: Contem como um apesar de serem dois: Daily Show e Colbert Report, as pessoas mais fiáveis no jornalismo norte americano, apesar de serem comediantes.


Dilbert: não é ciências da informação, é ciências da gestão.


Daily Searchcast: Técnicamente é um podcast mas enquanto não der para seguir um link por clicar no botão do rato quando o comentador o está a divulgar em áudio (alguém se quer aventurar a resolver este problema tecnológico?) tenho de ler o Blogue.

A blogosfera segundo Technorati – A WEB ESTÁ VIVA

By | 6 de Abril de 2007
  • 70 milhões de  blogues
  • Circa 120,000 novos blogues por dia…
  • = 1.4 novos blogues por segundo
  • 3000-7000 novos splogs (falsos, ou spam blogues) criados por dia
  • Pico de 11,000 splogs por dia em Dezembro último
  • 1.5 milhões de artigos por dia…
  • = 17 artigos por segundod
  • Desde os 35 aos 75 milhões de blogues demorou 320 dias
  • 22 blogues entre os 100 blogues mais lidos estão entre as 100 fontes de informação mais com mais links no 4º trimestre de 2006 – no 3º trimestre o numero era 12
  • Japonês é a lingua maioritária com 37% dos blogues
  • Inglês a segunda com 33%
  • Chinês em terceiro com  8%
  • Italiano em quarto com 3%
  • Farsi, uma entrada nova, nos primeiros 10 lugares com 1%
  • A lingua inglesa é a lingua de maior constância ao longo das 24 horas
  • O Technorati segue 230 milhões de artigos com etiguetas ou categorias
  • 35% de todos os artigos em Fevereiro de 2007 usaram etiquetas
  • 2.5 milhões de blogues publicaram pelo menos um artigo etiquetado em Fevereiro de 2007

Via Sifry’s Alerts: The State of the Live Web, April 2007

Frase deliciosa

By | 5 de Abril de 2007

Library directors in three-piece suits a la Colonel Sanders lolling in rocking chairs spouting aphorisms, while creaky old maids in frilled high-neck blouses extolled the Good Old Days when men were men and metadata knew its place in the world.

Directores de bibliotecas em fatos completos, como o Coronel Saunders, reclinados em cadeiras de baloiço, expelindo aforismos, enquanto que criadas, de idade, em camisas de gola alta aos folhos, exaltam os bons velhos tempos em que os homens eram homens e os metadados sabiam o seu lugar no mundo

O próximo congresso BAD

By | 4 de Abril de 2007

Olá Filipe

O primeiro congresso em que participei foi o de Braga (1992). Passados quinze anos e vários congressos da BAD, é-me possível identificar um conjunto de tendências, que se tem vindo a acentuar:

O meu primeiro também foi Braga…. com a empresa acabadinha de fundar… mas este é o primeiro a que assisto por dentro, ou melhor, fora do stand e dentro das salas.

1. A emergência de uma pseudo–cientificidade. Os congressos são aproveitados para cumprir o ritual de apresentação dos resultados das dissertações de mestrado e das teses de doutoramento que, na maior parte dos casos (e com honrosas excepções), não trazem nada de novo nem de interessante. Faço notar que os discursos estão cada vez mais distanciados das práticas. Obviamente que é mais fácil dizer do que fazer e, neste ponto concreto, a pseudo-cientificidade serve mais para afirmar pessoas do que instituições.

Tanta verdade nestas palavras. Orgulho-me de ser uma das pessoas que em Portugal se preocupa com determinados temas.  Para um desses temas fui cheio e esperança aos Açores onde haveria alguém que lança grandes sombras na nossa praça a debruçar-se sobre ele… desilusão completa. Matéria mal investigada, focando trabalhos terciários sobre o tema, pegando na discussão pelos pontos que não vale a pena discutir, propondo-se investigar o que já não precisa de investigação. Ainda tive esperança que o PDF estivesse melhor, mas não só tinha erros como lhe faltava a bibliografia (alguém perdeu uma página?)

2. A ausência de um debate participado e incisivo. A ausência do debate decorre, na minha leitura, de três factores fundamentais: a) o número excessivo de comunicações, que acabam por sobrecarregar o congresso com intervenções de qualidade e pertinência duvidosa; b) a falta de respeito de muitos colegas pelo tempo que lhes é concedido, tempo esse que devia ser utilizado para o debate; c) a falta de hábito de discutirmos publicamente os nossos pontos de vista, o que nos leva a não conseguir ter posições comuns enquanto classe profissional.

Não é ausência de debate devido ao excesso de “pseudo–cientificidade”? Será que uma prelecção do Dr. Armando Malheiro é inteligível, mesmo quando a audiência é de bibliotecários e arquivistas, sem um Houaiss à mão de semear? Se como afirmas muitas das apresentações são resultados de teses, não foram estas feitas no sentido de fechar um assunto… antevendo todas as contraditas que o júri possa apresentar depois de estudar aquilo com tempo… que esperança temos nós, pobres diabos chamados audiência, com três minutos para pensar depois de ouvir tudo aquilo de enfiada… ao fim dos quais se dá por encerrada a sessão? Pergunto-me se como a IFLA faz, a BAD teria coragem de divulgar as actas com dois meses de antecedência… indo as pessoas muitas vezes às sessões para perguntar coisas aos palestrantes (e perguntas preparadas e estudadas)…
a) Concordo a 100%
b) É estranho que isto aconteça pois a velocidade de leitura na língua portuguesa é conhecida (apesar de já não me lembrar qual o valor de palavras por minuto). Tive uma professora de formação que conseguia preparar discursos de X palavras sabendo de antemão que o diria em Y minutos e Z segundos mais ou menos 5 segundos.
c) Demasiado Magister Dixit na nossa história? Há aqui algo genético, um meme indestrutível, desde os tempos da Inquisição?

3. A falta de tomada de posições públicas por parte da classe. Os congressos da BAD só interessam aos profissionais da BAD. A ausência de uma cobertura por parte da comunicação social faz com que seja um congresso autista e autofágico. Os congressos são reuniões magnas e momentos únicos de tomada de posição por parte dos profissionais, mas, por exemplo, o que é que o cidadão comum ficou a saber sobre o impacto que o empréstimo pago vai ter na sua vida. Nenhuma.

O empréstimo pago foi discutido? Cadê o ministro que vai ter de assinar isso (ou um secretário de estado) que o decide que eu não o vi? Ou, como naquela imortal imagem de Heinlein, “somos cordeiros a passar resoluções proibindo os leões de serem carnívoros”?

 “Reuniões Magnas”… deviam, não deviam… nunca me esqueço de estar uma sala de 600 pessoas cheia (durante a hora de almoço!!!) para discutir o problema das Caricaturas de Maomé e que posição a IFLA devia tomar sobre o assunto, se é que alguma… com filas de 8 pessoas para cada microfone quando a sessão teve de ser encerrada…

4. O esmorecer do entusiasmo dos profissionais. Perdeu-se, no caso das bibliotecas públicas, a chama dos primeiros tempos da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas. Perdeu-se o capital de esperança que investimos na possibilidade de efectivamente nos constituirmos como uma rede cooperativa, em que o todo fosse maior do que a soma das partes. O que resta é um conjunto vasto e mais ou menos heterogéneo de bibliotecas públicas que nunca conseguiram afirmar-se junto das comunidades que servem e dos políticos que decidem o seu futuro. Restam também alguns casos de bibliotecas públicas de sucesso (justificável muitas das vezes por uma combinação única e instável de vontade política e de dinamismo profissional) que poderiam servir de motor para criar a rede cooperativa. Mas falta a visão estratégica dos profissionais e a vontade política dos decisores de topo.

Quanto ao esmorecer de entusiasmo sei que ele existe. Faço parte da direcção de outra associação do sector e sinto isso todos os dias. Mas não é de hoje. Lembro-me de em 1999, quase no dealbar da internet ter criado na Lusodoc uma Lista de Discussão, intitulada Hipatia, que chegou a ter 169 membros e onde apenas foram trocadas 8 mensagens entre 23 de Julho de 1999 e 25 de Fevereiro de 2000 (mas relendo os nomes dos subscritores encontro caras conhecidas), tendo sido o servidor reformado por cansaço de inutilização em 29 de Outubro de 2004. Ou o Fórum Linha Aberta que criei em anexo ao site da Incite onde ninguém se inscreveu, excepto dois colegas meus a pedido, só para ver se os algoritmos funcionavam… Alguém falou da candidatura malograda à IFLA 2009 que perdemos com a Itália? Quanto a “servir de motor para criar a rede cooperativa” tenho umas idéias interessantes que ando a trabalhar…

Penso que é fundamental repensarmos os congressos da BAD. Deixo aqui quatro sugestões para o próximo Congresso da BAD:

1. Um congresso com menos comunicações (= maior selectividade e menos pseudocientificidade);

2. Um congresso com mais painéis (= para agregar num mesmo espaço profissionais com os mesmos interesses e com vontade de tomar posições e desenvolver acções comuns);

Se o que aconteceu com o painel de blogues é amostra, é deveras um formato que resulta… será que é por as pessoas se reunirem para falar umas com as outras, ao invés de para se ouvir umas às outras?


3. Um congresso com mais tempo para debate (= maior equilíbrio entre o tempo para as apresentações e o tempo para os debates);

De alguma maneira a experiência que tenho dos EUA parece ser nesse sentido. Para uma sessão de uma hora, uma apresentação de 30 minutos, de uma única pessoa, que se sente tremendamente mal se a assistência não responde… sente-se mesmo responsável pelo fracasso da discussão… mas será que sete pessoas para uma sessão de 1:30 será apenas para distribuir as culpas?


4. Um congresso com maior intervenção pública (= fazendo chegar à opinião pública, através da comunicação social, a dimensão política do nosso trabalho).

SIM SIM SIM. A BAD não tem um secretário de imprensa? Alguma vez a BAD fez cursos de relações com a comunicação social? Ou é como os partidos que contrata uma empresa quando tem necesside de ser badalado?

Já agora, em jeito de nota final, gostava de referir que no repto que lancei aos meus colegas das Bibliotecas Municipais de Oeiras para participarem no Congresso da BAD foram três coisas: 1. Expressarem as suas opiniões pessoais de forma clara e fundamentada (mesmo que contrariassem as minhas opiniões sobre os mesmos assuntos); 2. Adoptassem um registo de reflexão crítica sobre o seu trabalho (e não somente a descrição do que fazemos); 3. Respeitassem escrupulosamente os 20 minutos que nos eram dados (por razões de eficácia de comunicação e por uma questão de respeito pelas regras).

Pelo que vi das comunicações, pelo que tenho seguido na blogosfera, o desafio teve os melhores resultados imagináveis, quase me faz perguntar se posso ir para aí fazer o estágio…

Saudações cordiais
Filipe Leal
Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras

Tenho que ir aí um dia destes.

O Futuro das Bibliotecas Universitárias segundo a ACRL

By | 4 de Abril de 2007

1. There will be an increased emphasis on digitizing collections, preserving digital archives, and improving methods of data storage and retrieval.

2. The skill set for librarians will continue to evolve in response to the needs and expectations of the changing populations (student and faculty) that they serve.

3. Students and faculty will increasingly demand faster and greater access to services.

4. Debates about intellectual property will become increasingly common in higher education.

5. The demand for technology related services will grow and require additional funding.

6. Higher education will increasingly view the institution as a business.

7. Students will increasingly view themselves as customers and consumers, expecting high quality facilities and services.

8. Distance learning will be an increasingly common option in higher education and will co-exist but not threaten the traditional bricks-and-mortar model.

9. Free, public access to information stemming from publicly funded research will continue to grow.

10. Privacy will continue to be an important issue in librarianship.

Via: ACRL Podcasts – Post details: Ever Wonder What the Future Holds?

Enfases do bloguer.

Chamada à Acção dos BAD’s influentes

By | 31 de Março de 2007

(deixemos a metáfora da gravidade)

Quanto mais penso nos resultados práticos do Painel de Blogues no 9º Congresso da BAD mais dúvidas do alcance do seu impacto sinto. A saber:

Fomos úteis? O que é que a/o colega IS leva de volta à sua nobre cidade de E. que a ajude a dotar a sua biblioteca de um blogue oficial ao invés de andar, qual quinta coluna cultural, a falar  sobre actividades conexas tentando lembrar a todas as quinze palavras, aos seus cidadãos que o podem fazer na biblioteca?

Que ela foi embora sabendo que é útil usar esta ferramenta para fazer divulgação de leitura… já ela tinha vindo para cá com isso.

É necessário um corpo teórico-doutrinal em Português que os responsáveis camarários por recursos informáticos (e porque não até os presidentes de câmara ) entendam, e que seja assinado por um conjunto de entidades de peso (peso científico, informático e político), que confirme e/ou afirme a importância, relevância e insuperável relação custo-benefício, dos blogues na prossecução das políticas culturais que lhes cabem (mesmo que não estivessem nos respectivos programas eleitorais ou nos cursos de gestão de sistemas informáticos).

Para já não falar de poderem usar o balão de ensaio do blogue da biblioteca para avançar depois nesse delicioso exercício de democracia directa que deve ser ter um blogue de diálogo directo entre os autarcas e os munícipes, com o conteúdo da conversa aberto ao público, mas sonho com tempos idos.

Um blogue de biblioteca  não é uma tentativa de ultrapassar as competências do gabinete/responsável de imagem da autarquia ou do autarca.

É deveras interessante que a própria realização do painel demonstre pelo menos o beneplácito da comissão científica e da comissão organizadora do congresso e possa, a altas horas da noite e com o discernimento toldado pela falta de sono e pela simpatia do meio humano envolvente para não falar de inebriante efeito das destilações da flora autóctone, ser afirmado que a BAD apoia os blogues de bibliotecas e os acha uma boa prática auto evidente.

Mas os companheiros profissionais de I&D não podem ir pedir autorização para blogar em nome das suas unidades documentais, para expansão da superfície de contacto com as suas comunidades de utilizadores, armados apenas com o programa do 9º Congresso BAD, e/ou, num futuro próximo, com a transcrição das conclusões do painel quando aprovados em instância própria da APBAD.

ACTION THIS DAY

Temos de fazer mais alguma coisa.

I:  Que todas as Bibliotecas Municipais com blogues mantenhan o rasto à relação custo benefício da sua experiência, medição do impacto na comunidade, satisfação de utilizadores e munícipes, de modo a ser construído um corpus de evidência que possa ser deixado cair em cima da secretária do/a chefe de serviço, do/a director(a),  do/a presidente de câmara, do/a ministro/a , eu sei lá, com um sonoro thud!

[Espero que as camaradas professoras-bibliotecárias escolares o estejam já a fazer de maneira sistematizada… estão não estão?]

II: Mas até lá são os ‘influentes’ da biblioteconomia que podiam ir adiantando trabalho e tomando posições públicas, senão publicando blogues pelo menos comentários em blogues existentes, que encorajassem uns e semeassem a abertura de espírito de outros, de modo a que, quando estes projectos são apresentados não sejam recusados liminarmente.

E que o comecem a fazer já e em força: a última vez que a ciência se compadeceu com o ciclo editorial de 6 ou 9 meses de peer reviewing de uma revista foi quando o Wiles detectou os erros na demonstração da Conjectura Takayama Shimbura usada para provar o Último Teorema de Fermat.

Mais um trabalho escolar

By | 31 de Março de 2007

Sobre 2.0 como não podia deixar de ser.

Em grupo com as colegas Andreia Dora Braga Moreira Pinto e Emília Rosa Pereira Cardoso, que deram contributos valiosos, entre outros perguntando sempre: “o que é isso”, mantendo o foco, e defendendo-o brilhantemente em aula ao mesmo tempo que eu me preparava para o 9º Congresso BAD e respectivo Painel de Blogs a quase 2000 km de distância.

Painel de Blogues de CI no 9º Congresso BAD – Visão pessoal

By | 30 de Março de 2007

A audiência no principio prometia. Pensava mesmo, a meio da sessão desafiar o Dr Armando Malheiro a indicar-me o que era preciso eu dizer para que me respondesse no blogue… mas saiu antes de eu ter o ensejo de o fazer.

A conversa dos pesos pesados: em boa hora, creio que foi o Pedro Principe, trouxe à discussão o não envolvimento dos pesos-pesados, na biblio-blogosfera portuguesa. Pelas reacções da audiência, e de alguns a quem não se pode deixar de classificar como pesos pesados,  fiquei com a impressão que:

  • A blogosfera é terreno mais próprio para as gerações mais novas ( mais leves ?)
  • Que os blogueiros não se preocupem, quando fizerem argolada grossa os pessos pesados saem a terreiro.
  • Que em Portugal não há tradição de discutir, nem para não discutir. É cultural, diz-se.

Na ExpoBAD algumas pessoas vieram cumprimentar-me, principalmente pelo blogue ao vivo, mas para meu grande rogozijo, para dizer que tinha sido despertado um ‘bichinho‘ blogueiro.

Há falta (ou ausência completa) de periódicos de CI em Portugal. Isso vícia a comunidade científica. Isso pode provocar o mutismo dos CI. Mas é uma oportunidade desperdiçada o facto de a blogosfera não estar a ser usada por quem sabe dos outros assuntos que não têm ainda cobertura temática, por exemplo Normalização, ou Controlo de Qualidade.

A minha pergunta é: será que a ausência de circuito de peer review  inibe os trabalhos científicos na biblio-blogosfera lusitana? Será que os cientistas confirmados não querem fazer nada sem passar pelo peer-review? Ou não querem ser alvo de contradita sem peer review, ou pior ainda não querem publicar ao lado dos non peer. O efeito Wall de que falei o ano passado no contexto dos Repositórios Institucionais (há pessoas que se recusam a publicar na mesma revista que outras pessoas… nem que em vez de na mesma revista seja o mesmo repositório institucional)?

Será que não sendo um ambiente peer reviewed é considerado um parente menor de divulgação de opinião e facto científico?

Ou será que a oferta presente é realmente tão boa que não há mesmo mais nada a dizer, nem pelos produtores de ciência da informação!!

Eu por mim não sou cientista (teoria e plano de experiência, experiência, recolha de resultados, publicação)… sou um tipo que acho que é hora de, em portugal, os profissionais da informação pararem de se preocupar com a melhoria da respostas dos seus clientes(e é quando se preocupam com isso) e passarem a preocupar-se também a melhoria da qualidade das perguntas que os seus clientes fazem… Isto é apenas um meio de espicaçar mentalidades.