Missão do ensino superior (2)

By | 10 de Setembro de 2007
Artigo 40.º
Requisitos gerais dos estabelecimentos de ensino superior

São requisitos gerais para a criação e o funcionamento de um estabelecimento de ensino superior os seguintes:

b) Dispor de instalações e recursos materiais apropriados à natureza do estabelecimento em causa, designadamente espaços lectivos, equipamentos, bibliotecas e laboratórios adequados aos ciclos de estudos que visam ministrar;

… e bibliotecários, não?

Artigo 42.º
Requisitos das universidades

Para além das demais condições fixadas pela lei, são requisitos mínimos para a criação e funcionamento de um estabelecimento de ensino como universidade ter as finalidades e natureza definidas no artigo 6.º e preencher os seguintes requisitos:

c) Dispor de instalações com as características exigíveis à ministração de ensino universitário e de bibliotecas e laboratórios adequados à natureza dos ciclos de estudos;

Repete-se no Artigo 43º e  44.º: para Requisitos dos institutos universitários e  institutos politécnicos respectivamente.

Missão do ensino superior

By | 10 de Setembro de 2007
Lei n.º 62/2007 de 10 de Setembro
Regime jurídico das instituições de ensino superior
Artigo 2.º
Missão do ensino superior

1 — O ensino superior tem como objectivo a qualificação de alto nível dos portugueses, a produção e difusão do conhecimento, bem como a formação cultural, artística, tecnológica e científica dos seus estudantes, num quadro de referência internacional.

2 — As instituições de ensino superior valorizam a actividade dos seus investigadores, docentes e funcionários, estimulam a formação intelectual e profissional dos seus estudantes e asseguram as condições para que todos os cidadãos devidamente habilitados possam ter acesso ao ensino superior e à aprendizagem ao longo da vida.

3 — As instituições de ensino superior promovem a mobilidade efectiva de estudantes e diplomados, tanto a nível nacional como internacional, designadamente no espaço europeu de ensino superior.

4 — As instituições de ensino superior têm o direito e o dever de participar, isoladamente ou através das suas unidades orgânicas, em actividades de ligação à sociedade, designadamente de difusão e transferência de conhecimento, assim como de valorização económica do conhecimento científico.

5 — As instituições de ensino superior têm ainda o dever de contribuir para a compreensão pública das humanidades, das artes, da ciência e da tecnologia, promovendo e organizando acções de apoio à difusão da cultura humanística, artística, científica e tecnológica, e disponibilizando os recursos necessários a esses fins.

Portanto, se leio bem a coisa o “cliente” do “ensino superior” são “os portugueses”, “os investigadores”, “os estudantes”, “todos os cidadãos devidamente hailitados”, “os estudantes e diplomados”, “a sociedade” e até “a compreensão pública”.

Parece que o professor universitário é defenitivamente um “meio de produção”, não um “cliente”.

“valorização económica do conhecimento científico” quer dizer que não se pode editar “conhecimento científico” em Open Access?

À parte de alguns conceitos isto aplicava-se directamente a “bibliotecas”?

Os livros como más fontes de informação:

By | 10 de Setembro de 2007

Making Light: Bad sources

Bad sources Posted by Teresa at 10:55 AM * 574 comments

By popular demand: scholarly or reference works so bad that you must never, ever cite them, lest you be cruelly mocked by your fellows.

Also: how to spot a bad book when you aren’t already familiar with the literature in that field.

Uma vez o meu professor Lino teve de se voltar para os alunos e perguntar: “E lápor estar num livro ao invés de na internnet já acreditam” ao que os alunos tiveram de aplicar o pensamento para chegar à conclusão que tudo depende das fontes, seja para material na internet ou no papel.

Temos aqui exactamente a blogosfera a funcionar com fonte de exemplo do problema em causa: centenas de investigadores nas mais variadas coisas apontando os “documentos” e por vezes casas editoras inteiras que contaminam qualquer investigação.

É de ler com atenção por todos os professores e alunos de ensino superior.

Nota a um certo docente da ESEIG:

#25 …

I’ve lately developed a profound irritation about people who can’t seem to cite anything more recent than ~10 years ago on topics that change so much that work done 10 -months- ago may not be valid any longer. Again – it tends to mean that their work is based on functionally unreliable sources, as well as being painfully out of touch with the current state-of-the-… well – art will do.

Faço minhas as  palavras deste investigador.

Muitas das notas/obras/conjunções são para despertar a compaixão e o riso da audiência.

E outra coisa: é de notar que os vencedores (ou meros candidatos e finalistas) de prémio igNobel não contam: os prémio igNobel são dados pela inutilidade da investigação, não pela sua pobreza científica. Aliás quanto mais bem feita, mas mais inútil, a investigação mais possibilidades de ganhar o igNobel. Não raras vezes o galardoado com o igNobel de um ano é o Nobel do ano seguinte (mas nunca com o mesmo trabalho).

Estranhamente várias pessoas notaram ausência da WikiPedia!!!