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By | 11 de Janeiro de 2008

Desde à algum tempo que não publico nada aqui. Faço-o agora para deixar algumas notas: a primeira é auto-evidente, de que ainda estou vivo. A segunda é que este semestre de curso está a ser demasiado puxado e a consumir demasiados neurónios a para aprender coisas que não merecem tanto esforço. A terceira é apenas a comunicação à familia, comunidade e amigos que este vosso blogueiro (ou será bloguista) é Vice Presidente da Incite desde ontem até 2010 aliás, até à assembleia geral eleitoral em 2011 que termina o mandato.

Ficar para a vida a saber a diferença entre um cabido e uma colegiada, a não ser que venha a ser gestor de sistemas de informação do Patriarcado ou da Conferencia Episcopal Portuguesa, ou mesmo do Vaticano, não me parece um valor acrescentado que mereça a falta de tempo com que fiquei para me dedicar a Modelação de Sistemas (onde aprenderia bem engenharia de requisitos) e Gestão de Informação (onde teria aprendido bem auditorias de informação).

Mas se é esperado que em Julho de 2008 deixe de ser o Bibliotecário 2.0 (RC), abandonando precisamente a ressalva "(RC)" (de Release Candidate), a verdade é que a aprendizagem não pára e já em Abril devo ingressar na Pós Graduação em Sistema de Informação do IST/INESC. Este passo deve-se à necessidade sentida de obter uma formação um pouco mais avançada em termos de Sistemas de Informação pois o programa de CTDI, especialmente com o encurtamento do curso para 4 anos parece deixar algumas lacunas… e receio que seja insuficiente com a versão de 3 anos.

Não entendam nada de contra para com o programa ou os docentes… mas as necessidades de um mercado europeu recheado de empresas que querem certificações ISO 9000 e que precisam de um documentalista que seja um factor crítico de sucesso, estão um pouco para além dos objectivos do curso… Para isso é preciso concretizar o fenómeno do "documentalista-informático" harmoniosamente integrado. Talvez fazer passar todos os professores de TIC do curso pelas disciplinas de documentação e vice-versa fosse uma idéia interessante (atrasada (E URGENTE!!!)), sob perigo de se criar um licenciado não ambi-valente, mas apenas bi-cefálico. Claro que depois desta intra-reciclagem todos os programas devem ser refeitos.

Incidentalmente, no fim desta aventura, terei uma Licenciatura, e uma (ou duas) Pós-Graduações. Sendo a licenciatura em Ciências Documentais, será que nem assim me posso candidatar a Técnico Superior de Biblioteca? É que a partir de certa altura a obrigação de ser "encartado" com uma Pós-Graduação (ou Mestrado) em Documentação apenas pode ser justificada como medida corporativa para manter os licenciados fora dos concursos para essas posições (e complementar o ordenado de muitos arquivistas, bibliotecários e documentalista que leccionam os ditos cursos em horários compatíveis com as profissões).

Quer dizer… a mim já me parece que a única grande utilidade dessa provisão é o exposto acima… mas que está a começar a dar nas vistas está…

Uma proposta de vingança: que os licenciados em CTDI vão para as empresas privadas, como gestores de informação e sistemas de informação, ganhar muito mais que os bibliotecários e arquivistas que não nos deixam competir com eles para os cargos de técnicos superiores…

Em verdade vos digo colegas: não é na biblioteconomia cultural ou nos arquivos históricos que vocês vão fazer furor. É nas empresas, é na banca, é na comunicação social, é em muito lado… mas nas bibliotecas e nos arquivos, como estão agora,  serão sempre vistos como uma espécie de super-técnicos profissionais. A não ser que despendam uma quantia obscena de dinheiro por uma pós graduação de que não necessitam… não precisam da de Documentação… da de Sistemas de Informação, da de Gestão, do MBA , dessas precisam… mas com ordenado de técnico-profissional nunca se junta o suficiente para isso…

Disse!